I still love him

Esquecê-lo? Como se o amei tanto

No meu passado depois de o ter sonhado

E por fim tê-lo encontrado.

Como esquecê-lo se ele andou abafado em amado manto,

Se ele foi outrora o encanto

Que eu mais procurei;

Se ele foi quase aquele corpo santo

Que eu tanto , mas tanto amei!?

Esquecê-lo? Não... nem esquecê-lo nem ressentir

Todas as noites passadas a sonhar

Acordada com o seu  olhar.

E mesmo que faça parte do encobrir

Do passado, há espaço bastante

Para poder guardá-lo

No coração, espaço bastante para acomodá-lo

Ainda assim em lugar amplo e cintilante!

Porque é de vida que gostamos!

É bem mais fácil quando

Soltas o sorriso e me  abres os braços!

Tu sabes o quanto eu gosto do sentido

Leve e disponível. Do vocábulo desinibido

Com as marcas e com os traços

Das palavras certas , mas sem memorando.

Tu sabes bem o quanto eu gosto do olhar

Que olha nos olhos, das mãos que deslizam sem necessidade

De  pedirem permissão ao movimento.

O quanto gosto do sentimento

Solto e o quanto aprecio a grandeza da simplicidade.

O quanto amo o sentido que ama porque gosta de amar!

Por isso é tudo bem mais fácil quando deixamos

O coração nos abrir os braços e o olhar

Nos ditar as palavras que nos soltam as mãos ...

Tão bem mais fácil na companhia de sorrisos sãos,

Abertos, bem abertos, no evidenciar
sereno e intenso. Vivo porque é de Vida que gostamos!

Contra dualidade, não contra expressão!

Todos sabemos que palavras são

Palavras, jamais estarão

Além da sua qualidade,

Especialmente quando a realidade

Nos mostra a volatilidade às vezes expressa,
 Porque também existe mentira e falsa promessa.

Todos sabemos como é, ou deveríamos saber ...

Contudo também sabemos reconhecer

O bálsamo daquelas palavras que ficam

Sabendo bem, daquelas palavra que são

Mais do que vocabulário predefinido

E que nos dão algo mais do que apenas o seu sentido!

São essas as palavras que eu gosto de usar.

São as frases que têm algo para dar,

Aquelas em que nem necessitamos refletir,

Porque são genuínas, as que eu gosto de assumir ...

Porque eu sou contra a falsidade não contra mão.

Contra dualidade, não contra expressão!

Viver dividindo para poder multiplicar

Através dos passos que dei pelo caminho da descoberta
Apercebi-me que não há nada melhor do que partilhar ...
Viver dividindo para poder multiplicar ;
Porque se engrandece quando, a certa
Medida, se dá sem esperar aceitar
Ou se recebe sem contabilizar!
Isto porque aprendi que o que não é partilhado
Acaba por se perder sem nunca Ter sido vivido
Na sua plenitude. Porque aprendi que parte do enriquecimento
Pessoal passa pela aquisição de um querer desviado
Desse enredo que isola o sentimento,
Desviado daquela couraça que nos deturpa o sentido!
Porque aprendi que tudo o que é partilhado
Não mais se esquece ...
E aquele ato, aquela  ação
Que se valoriza e mesmo assim permanece
Trancada na armadura da contenção
É nada mais do que valor desperdiçado !!