quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sem promessas, companheiros e aliados


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De mãos dadas tal como crianças.
Trocámos desejos e sonhos, apenas não trocámos alianças!
Planeámos sorridentes um futuro que apesar de incerto
Nunca nos deixou duvidar que andaríamos perto.
Perto o suficiente para podermos escutar
Quando um ou outro sentiu necessidade de falar.
E não fizemos juras, nunca foram necessárias
Muitas frases, nem palavras várias.
Entre nós nunca houve pretensões,
Além da pretensão de querer nossos corações
Juntos na leveza que segura a certeza
De que é firme e excedente à grandeza.
Nos momentos em que a ingenuidade ganhou de nós,
Estivemos lá, demos a cara e gritámos em alta voz.
Lutámos e saímos de braços dados ...
Confiantes na pertença, companheiros e aliados!
Não tivemos muito, mas, mesmo assim,
Tivemos o mundo em mim e em ti.
E quando começamos a traçar planos,
No momento em que  percebeste que passavam os anos,
Sem juras ou promessas, fizeste-me cruzar
Os dedos e garantir sem ter de jurar!
Passados todos estes anos acho
Que ainda andamos por debaixo
Do mesmo céu e de mão dada.
Acho que ainda trazemos cruzada
Com o nosso olhar aquela mesma doçura
Que nos fez partilhar a dor e a cura.
E não é por não verbalizar, não são por essas
juras que só não faço porque não sou de promessas...
Pois sabes que nunca andarás distante
Nem nunca terás de pedir em voz ofegante,
Eu estarei por perto ... de mão
Liberta e com espaço suficiente no coração!



quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Não sei, minha luz sensível



Não sei, minha luz sensível ...
Com esta ternura imensa
Que me enche de tão grande sentimento.
Não sei, meu anjo querido, às vezes é terrível...
Mas que hei-de dizer. Esta doença,
Este amor mexe comigo, coloca-me em movimento.

Dói-me a alma, sim ... e eu não sei explicar
O que me dá mais dor, se é a tristeza
De sentir queimares-me, se é sentir
A tua distância quando eu te quero falar.
Não sei, paro absorta na beleza
Da manhã e não consigo distinguir o choro do sorrir!

Há ser bastante que te Quer
E te pensa ... há querer bastante
Que me inunda o coração ...
Mas, sim, meu anjo, não sei o que me dá mais sofrer.
Tremo, e, às vezes, sucumbe-me a alma delirante,
Mas existe em minha a tua vida, a minha razão!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Chega o passo seguro





Distraída por aí ...
Reparo agora que saí
Da estrada e ando por terra batida.
O alarme soa e de seguida
Ecoam as duvidas e desbotam dos mapas
As trilhas das quais irei verificar as farpas!

Estendo a lista de confrontação
E antes de tudo procuro um coração
Certo, embora o vá encontrar descompassado.
Aqui não há espaço para acaso e o legado
É a certeza das marcas que eu deixei
Salientes pelo chão que eu passei.

E verifico que apesar de haver agitação
Existe plano, existe vontade e a ação
É medidora ... então não há que temer
O pó, nem há que imponentemente trazer
Uma armadura que só me dará o seu peso;
Chega o passo seguro, o coração forte preso
Nas paredes da certeza e na confiança
De que coração convicto não balança !!!




segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Se as palavras fossem eloquentes


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Se as palavras fossem suficientes
Eu escrevia-te todos os dias ...
Socorria-me delas e das suas mestrias,
E se as palavras fossem eloquentes
O bastante aí tu saberias.

Saberias porque iria deixar escrito,
Todas as manhãs, no horizonte
Dos teus olhos, de fronte
Ao teu amanhecer, a negrito
E a sublinhado na fonte.

Mas eu sei que apesar de todo o destaque.
Apesar de um dicionário repleto de adjetivo,
E por mais que eu queira, o vocábulo não é imperativo.
Não o é mesmo que eu faça círculo e marque
A vermelho. Não, não é assim tão altivo!