quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sem promessas, companheiros e aliados


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De mãos dadas tal como crianças.
Trocámos desejos e sonhos, apenas não trocámos alianças!
Planeámos sorridentes um futuro que apesar de incerto
Nunca nos deixou duvidar que andaríamos perto.
Perto o suficiente para podermos escutar
Quando um ou outro sentiu necessidade de falar.
E não fizemos juras, nunca foram necessárias
Muitas frases, nem palavras várias.
Entre nós nunca houve pretensões,
Além da pretensão de querer nossos corações
Juntos na leveza que segura a certeza
De que é firme e excedente à grandeza.
Nos momentos em que a ingenuidade ganhou de nós,
Estivemos lá, demos a cara e gritámos em alta voz.
Lutámos e saímos de braços dados ...
Confiantes na pertença, companheiros e aliados!
Não tivemos muito, mas, mesmo assim,
Tivemos o mundo em mim e em ti.
E quando começamos a traçar planos,
No momento em que  percebeste que passavam os anos,
Sem juras ou promessas, fizeste-me cruzar
Os dedos e garantir sem ter de jurar!
Passados todos estes anos acho
Que ainda andamos por debaixo
Do mesmo céu e de mão dada.
Acho que ainda trazemos cruzada
Com o nosso olhar aquela mesma doçura
Que nos fez partilhar a dor e a cura.
E não é por não verbalizar, não são por essas
juras que só não faço porque não sou de promessas...
Pois sabes que nunca andarás distante
Nem nunca terás de pedir em voz ofegante,
Eu estarei por perto ... de mão
Liberta e com espaço suficiente no coração!



quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Não sei, minha luz sensível



Não sei, minha luz sensível ...
Com esta ternura imensa
Que me enche de tão grande sentimento.
Não sei, meu anjo querido, às vezes é terrível...
Mas que hei-de dizer. Esta doença,
Este amor mexe comigo, coloca-me em movimento.

Dói-me a alma, sim ... e eu não sei explicar
O que me dá mais dor, se é a tristeza
De sentir queimares-me, se é sentir
A tua distância quando eu te quero falar.
Não sei, paro absorta na beleza
Da manhã e não consigo distinguir o choro do sorrir!

Há ser bastante que te Quer
E te pensa ... há querer bastante
Que me inunda o coração ...
Mas, sim, meu anjo, não sei o que me dá mais sofrer.
Tremo, e, às vezes, sucumbe-me a alma delirante,
Mas existe em minha a tua vida, a minha razão!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Chega o passo seguro





Distraída por aí ...
Reparo agora que saí
Da estrada e ando por terra batida.
O alarme soa e de seguida
Ecoam as duvidas e desbotam dos mapas
As trilhas das quais irei verificar as farpas!

Estendo a lista de confrontação
E antes de tudo procuro um coração
Certo, embora o vá encontrar descompassado.
Aqui não há espaço para acaso e o legado
É a certeza das marcas que eu deixei
Salientes pelo chão que eu passei.

E verifico que apesar de haver agitação
Existe plano, existe vontade e a ação
É medidora ... então não há que temer
O pó, nem há que imponentemente trazer
Uma armadura que só me dará o seu peso;
Chega o passo seguro, o coração forte preso
Nas paredes da certeza e na confiança
De que coração convicto não balança !!!




segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Se as palavras fossem eloquentes


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Se as palavras fossem suficientes
Eu escrevia-te todos os dias ...
Socorria-me delas e das suas mestrias,
E se as palavras fossem eloquentes
O bastante aí tu saberias.

Saberias porque iria deixar escrito,
Todas as manhãs, no horizonte
Dos teus olhos, de fronte
Ao teu amanhecer, a negrito
E a sublinhado na fonte.

Mas eu sei que apesar de todo o destaque.
Apesar de um dicionário repleto de adjetivo,
E por mais que eu queira, o vocábulo não é imperativo.
Não o é mesmo que eu faça círculo e marque
A vermelho. Não, não é assim tão altivo!


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

E tal como o fogo queima ter amado, amado mais!





Eu deveria ter-te escrito,
Verbalizado bem dito
Para que não viesse a restar
Dúvidas ou viessem a se levantar
Questões mal resolvidas
De palavras não ditas ou ouvidas ...
Agora poderíamos folhear
As palavras e possivelmente encontrar
A falha. Deveríamos ter agido
Com a maior das cautelas, sem ter fugido
A contratos protocolares, daqueles com assinatura
No fim, de acepção concisa mas sem abreviatura.
Ter formulado contrato com exigências
E flexibilidades porque às vezes fomos de aparências,
E cobrar nós sempre um do outro cobrámos!
Ter tido um juiz imparcial sempre que falámos ...
Ou então ter vivido mais; ter falado melhor; ter chorado
No ombro um do outro e ter rido depois de levantado
O olhar. Deveríamos ter escutado melhor;
Ter visto o que faz bem antes de ter visto o pior ...
Ter ligado aos sinais
E tal como o fogo queima ter amado, amado mais!





resta-me somente o Amor




Agora em que tudo o mais é inútil,
Porque já não existe partilha nem vil
Promessa de palavras sonolentamente murmuradas.
Agora que o sonho já não anda de mãos dadas
Com o sorriso, porque este já sabe que só a tua presença
Vem engrandecer e fortalecer a nossa pertença.

Agora que o tempo se encarrega
De levar bem devagarinho, para que eu não me adivinhe cega,
Toda a nossa respiração sincronizada;
Tudo o que me disseste quando não me disseste nada,
Toda a verdade que eu desejei ostentar
Para o resto da vida, porque sabia que o “nós”, até então, não iria findar!

Agora em que tudo o mais revela não valer a pena,
Pelo menos não como antes, quando a manhã acordava serena
E os nossos olhares despertavam envolvidos em sussurros e beijos.
Agora resta-me somente o Amor. O Amor sem desejos,
Sem espera e recompensa, sem partilha e sem momentos.
O Amor que apenas vive do Amor que tenho, assim, sem mais abraços
nem mais agradecimentos!!!



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Desta vez não


Desta vez não ... e tu bem sabes porquê!
Mesmo que a tua alma não sinta tudo aquilo em que realmente crê
Tu bem sabes que a veracidade passou a ser
Muito diferente de tudo o que sonhei um dia viver.
Sabes porque o vês exposto no teu olhar
Quando eu tento dizer mesmo sem conseguir falar ...

E também sabes que já não dói
Porque eu já não sinto a dor que me corrói.
Que já não queima porque não vejo.
E não sufoca porque nem já rastejo
A tentar fingir, porque o medo não cresce ...
O corpo caiu, mais já não desce!

Desta vez, por mais baixo que me encontres, NÃO!
A vida não irá escapar por entres os dedos da tua mão.
E não irá matar porque o que tinha de morrer, morreu
Aos poucos a cada vez que o teu discurso enlouqueceu.

Não irá sepultar, porque eu já passei do chão;
E não irá decompor, porque já não existe corpo são
A tentar escapar ileso. Desta vez eu vou somar
Todas as outras e não vou voltar a perdoar!!!

Desta vez Não... cá de baixo agora eu só poderei crescer.
Sem amarras, sem medos, sem amor que faz desvanecer.
Desta vez EU, com a força e a dignidade de levantar a voz
Sem medo de dizer que eu, há muito, já não sou 'nós'!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Gira que gira



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Gira que gira, rodopia mais uma vez.
Acelera e arrepia em acidez.
O sangue esquenta, fervilha
Inquieto, faz do coração ilha
Construída pedra sobre areia
E no meio da tareia
De fricção, apenas sabe
Que no gira que gira não cabe
Espaço para compassar
Sem a certeza de que irá desmoronar.
Gira, volta a girar, arrepia
Em desassossego, às vezes em esteria!
Não pára, volta que volta ...
Não há tempo para sentir revolta
Não pára de acelerar.
Vou acompanhar, esperar
Que se acertem os ponteiros.
Quando se cruzarem que sejam certeiros
Nas voltas e possam voltar
No gira que gira sem arrepiar,
Sem fervilhar sangue em inquietude ...
E que gire, gire em atitude
Que assume que concertar
Não é vergonha, vergonha é não tentar!



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

E estes viessem a se dilatar Em luz




Abre os braços e abraça-me como se não houvesse
Tempo, como se apenas existisse a vontade
Dos nossos corpos e estes viessem a se dilatar
Em luz. Sim, dessa luz que não se parece
Com luz nenhuma nem a saudade
Vem faze-la diminuir ou esfriar!

Une tua face à minha como quando
O sol abraça a leve brisa do dia.
Enlaça tuas mãos nas minhas
E deixa que o silêncio que nos vem falando
Nos fale ainda mais alto. Deixa a melodia
Tocar, assim como nesse sonho em canto que adivinhas.

Olha nos meus olhos, e devagar, bem devagarinho,
Aproxima os teus lábios dos meus.
Deixa que a vez passe, pois já tudo está aqui
No nosso olhar, no nosso carinho
Recôndito. Aperta os meus braços contra os teus,
Deixa o mundo se apagar pois ficará bem aceso dentro de mim!



E sei que o sabes também



Sei que sabes que tudo isto está tornando-se,
Deveras, seriamente perigoso.
Eu olho nos teus olhos, vejo espalhando-se
Em ti todo esse rigoroso
Delinear em que insistes em viver
Só porque tens medo de te debater!

Eu sei que tens desviado o passo
Para não teres de te cruzar
Com a certeza de que não és de aço.
Eu sei que tens tentado evitar
O meu olhar, mas também sei que tens pensado
Em mim mesmo sem te teres esforçado!

Talvez o teu rigor não te deixe quebrar
Esse muro que te deixa sem ligação
Ao que mais temes, mas eu sei que o teu olhar,
Por mais distante que esteja, terá a visão
Bem próxima da minha. Eu sei
Desse espaço incompleto, e sei que o sabes também!



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Pensas mesmo que irás encontrar-me?


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Pensas mesmo que irás encontrar-me?
Que o teu interesse súbito irá confortar-me
E fazer-me crer que as juras irão sempre demonstrar que quererás estar
Do meu lado com intenção plena de amar
Sem mentiras ou omissões ...
Sem mendigar desculpas ou demais explicações!?

Pensas mesmo que irás encontrar-me
No final desta linha e que irá ser eu a desdobrar-me
Em tentativas que saberão sempre a doloroso!?
Deves estar convicto, imponente nesse ar glorioso,
Pensando que o amor, ou aquilo que o achas ser,
Reserva sempre mais um espaço para perdoar ou entender!

Deves mesmo pensar que as faltas nunca irão acumular,
Que o ato da entrega irá sempre superar
Os pedidos repetidos vezes sem medida ...
Diz-me, pensas mesmo que não irei estar dividida
Entre o que me dizes e o que de ti fico a esperar;
Entre o que eu sinto e o que me pedes simplesmente para aceitar?!?






sábado, 14 de novembro de 2015

Falsa luminosidade




Poderei recusar a entrada
Ao plano divino na estrada
Da derrota, do pecado e do caos?
De todos os bons e maus
Pensamentos, ter-me-á, alguma vez, surgido
Que a perfeição, um dia, fará sentido?

Em toda a parte eu vejo a interrogação.
Eu vejo o medo exposto no coração
Dos que temem. Sinto o frio
Dos seus corpos. O brio
Que lhes faz falta. O olhar tenebroso
De quem está cansado e receoso.

Eu sinto, por vezes, a luz do sol raiar
Sob o meu pensamento e no vagar
Das horas vejo sermos atingidos
Pela falsa luminosidade em fingidos
Apelos. Eu sinto a maldade. Todo o fim
Rasgar mesmo aqui por cima da mim ...

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

quando não me dói só me engrandece



Perdi a conta às vezes que pedi desculpas por te Amar tanto.
Por correr atrás das tuas palavras e do teu sorriso.
Por saber que te irei querer para o resto da vida ...
Perdi a conta às vezes que mendiguei absolvição por no recanto
Paralelo ao meu passo determinado e indeciso
Sentir a tua falta mesmo antes da tua partida!

Perdi a conta à reprovação que fiz de toda a pertença
Que me liga a ti, até que entendi que a ação incriminatória
É um sentimento injusto, na verdade, errado!
Eu sempre deveria ter sentido crença
Verdadeira, gratidão por poder sentir, conhecer viva
A força que faz com que o meu coração ganhe asas para poder estar a teu lado.

Grata por contemplarmos o mesmo horizonte
E caminharmos na mesma direção ...
Grata porque no fundo quando olho para ti minha alma reconhece
Que vale a pena sonhar com a ponte
Que une o meu ao teu coração.
Grata porque quando este amor não me dói só me engrandece!




quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Não é querer, é sentir!




É tudo uma questão de sentimento.
Eu posso evitar mas não posso deixar de ser.
Posso silenciar, não esconder ...
O tempo pode passar, e com ele passar o momento,
Mas tudo o que corre, corre-me debaixo da pele
Sem que o possa amarrar, sem que eu o sele.

Não falar não é reduzir aquilo que eu sinto,
É tornar menor o espaço, é limitar.
Pois eu posso querer não querer, mas não posso negar!
Eu posso fugir, até admitir que minto,
Mas isso não irá mudar em nada
Aquilo que encontro em mim quando suspiro calada.

Posso parar, adiar todos os passos,
Tentar não percorrer ...
Posso continuar, e continuar a esconder.
Não é querer, é sentir! Lá no fundo, no silêncio dos abraços
Que não sentirei, a lembrança estará presente, a vontade irá existir!
Eu poderei silenciar e esconder, mas não poderei deixar de sentir!!!






domingo, 8 de novembro de 2015

É aquela couraça invisível


É aquela couraça invisível que começa
A formar-se em volta do meu coração.
Sinto-a engrossar quando tento libertar
A voz e tenho a sensação que as palavras tornam-se numa peça
Artificial, tão distantes da verdadeira versão ...
Tão distantes daquilo que realmente querem mostrar.

O meu corpo aos poucos faz-se secar
E as lágrimas que não saem depositam-se na minha alma.
Com o passar do tempo paralisam toda a atividade
Existente e deixam-na dura demais para poder avaliar
Todas as suas capacidades, todas as entrelinhas da palma
Das minhas mãos e a sua realidade.

À medida que dou com  o tempo passando
Os pensamentos deixam de ter razão
E o que existe é simplesmente aquela couraça.
A verdade vai sendo envolvida e se enterrando
Num grande revestimento invisível, e eu perco a expressão
Que me vem dando vida, até ficar assim tão oca, tão baça.



sábado, 7 de novembro de 2015

Guarda-o sem medo de o perder




Espera ... espera que o silêncio venha denunciar
Que a tua alma cresce e que o teu coração
Duplica de tamanho, porque, de repente, respira somente beleza.
Fecha os olhos, não necessitas olhar ...
Sente o abraço terno, a mão
Ágil e segura, o sorriso que na verdade é Luz na real certeza.

Espera só mais um instante até que cristalizes
Este momento e o preserves como um tesouro que ninguém ainda descobriu.
Agora guarda-o bem, num lugar
Entre o teu pensamento e as mais profundas raízes
Do teu sentimento. Eterniza esse abraço, o brio
Que lhe faz resplandecer quando toca o teu olhar.

Grava-o na memória para que amanhã e depois, e depois ainda, estejas
Receptível e o possas sentir outra vez. Que ele te acompanhe e te ajude,
Te dê apoio e proteção.
Guarda-o bem, perto de ti, sempre perto. Mesmo que não o vejas
Ficará junto de ti sem que nada mude
O seu brilho quando tocar no teu coração!

Guarda-o sem medo de o perder,
Pois estará sempre junto a ti
Como no céu o sol e a lua
Quando o dia cai e a noite se levanta!!!


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Irei ser por dois até sermos por um apenas


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Irei guardar todos os momentos que iríamos viver.
Irei guardar num coração cheio de amor,
Para quando nos voltarmos a encontrar
Não haver um vazio de palavras, não haver
Uma explosão de brilho sem cor,
Uma alegria que o tempo veio desbotar.

Irei perdurar no decurso que iríamos construir,
Guardar todos os passos que iríamos dar ...
Irei percorrer sem nunca levar no peito
Um espaço que esvaziou de saudade, porque irei sentir.
Porque irei fazer de tudo para preservar
O ato como se todo ele estivesse feito!

Irei ser por dois até sermos por um apenas ...
Irei depositar devagar e aguardar sem querer exigir!
Ficar sabendo que iríamos sempre estar
Presentes e sempre esperando as palavras amenas
Um do outro. Irei guardar para voltarmos a restituir
Quando o tempo se fechar e voltarmos a nos encontrar!!!




terça-feira, 3 de novembro de 2015

Mas eu não morri não



Adormeci na berma do caminho.
Deixei meu corpo cansado
Lá bem baixo jogado.
Fiz da calçada fria meu ninho ...

Bem debaixo desse céu escuro e pequenino
Esqueci do presente e do passado,
Do mundo que tinha sonhado.
Abandonei-me, deixei meu corpo sozinho!

Passadas uma ou duas pessoas, acharam que tinha morrido.
Indivíduo à calçada jogado que nem de si se dava.
Realmente ser que deveras é perdido ...

Mas, mas eu não morri não, não morri!
Haverá sempre, por mais baixo que esteja estendido
Ou por mais despercebido que passe, o amor a viver em mim!




sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O que mais gosto no nosso amor



O que mais gosto no nosso amor
Não é só o facto deste encher
Os nossos dias de cor e sorrisos ...
Não é o facto momentâneo de nos deixar sentir a flor
Dourada que nos faz percorrer
Um palmo acima do chão de passos bem precisos.

Esse amor aventureiro, primitivo e instintivo
Vive em todo o lado. Mas o amor delicado,
Profundo, silencioso, incondicional, gratuito ...
Esse é privilégio distinto e altivo
Do sentir que é verdadeiro, daquele que está cansado,
Vai um pouco a baixo, mas nunca morre, nem se lhe ouve o grito.

O amor que até adoece, mas que o mal nunca é mortal,
Isto porque é sempre o primeiro a recuperar.
Porque é um amor que vive da entrega e não da obrigação.
Porque é brilho genuíno, árvore que cresce a ritmo natural.
Sem pressa, pois não precisa de motivos extras para se fixar
À vida. Porque floresce, não só dos ramos como também das raízes coração.

O que mais gosto no nosso amor é que se ama simplesmente.
Porque às vezes tudo é um grande segredo, mas o ato de entrega
Presenteia-nos todos os dias. Porque damos tudo sem pedir
Nada em troca. Porque cada um pensa pela mente
Do outro. Porque nos damos paz, sossego, e cada um se emprega
Com toda a alma, e nunca deixamos de saber investir.

O que mais gosto no nosso amor é o facto deste não só alimentar-se
De palavras e beijos, de projetos, promessas e ideais ...
O que mais gosto no nosso amor é que ele está lá em todos os momentos,
É atento, e está sempre preparado para abrir os braços e alistar-se
À missão em que se fecha os olhos e se vive de sonhos reais.
Sem medos, sem fobias, porque temos certeza dos nossos sentimentos!

O que mais gosto no nosso amor
É o facto deste nunca se ausentar.
É o facto de não o pagarmos, nem necessitarmos de o subtrair.
Sei que às vezes este suspira, mas é só para recompor
O folgo e seguir o seu caminho. Pois sei que é este amor que nos faz querer estar
Sempre presente, o amor mágico, o amor perfeito que nos faz sorrir!!!!



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Mas não chega para tudo não




O sentimento já não me chega para tudo!
Não chega para controlar a emoção
De te ter e não ter... não chega para continuar
A aguentar as noites quando o fundo
Parece afundar ainda mais a solidão
Que às vezes sinto no meu pulsar!

Faz frente, mas não chega porque não vence
A falta que eu sinto sempre que sinto
Necessidade de ter a tua mão junto à minha.
E mesmo que ajude, não é suficiente, pois só aquece o pouco que pertence
À estrutura idealizada que pinto
Cheia de cor, porque ainda tenho esperança de segurar tua mão na minha.

Não chega para tudo, de verdade não,
Embora ajude a suportar. Ajude a acalmar
A dor quando eu penso que não há mais nada que eu possa fazer ...
Ajude a regenerar, a voltar a compassar o coração
Para que eu volte a acreditar que poderei ficar
Olhando no teu olhar sem medo de voltar a perder!
Mas, mas não chega para tudo não!


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Palavras que são gente



E não é só tinta que fluí em papel.
Não são só palavras que escorregam 
em desalinho contido e alinhado.
São pedaços de gente a quem sou fiel.
São pedaços de vidas que carregam
memórias, um recanto onde mantenho guardado
a descrição de cada rosto.
De cada mão que me alcançou.
De cada sentir quando senti o gosto
de cada olhar que se alinhou
nos meus olhos antes de me abrir
os braços, me abraçar e sorrir!



segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Há pessoas que entram nas nossas vidas para nunca mais saírem.

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Há pessoas que entram nas nossas vidas para nunca mais saírem.
Pessoas que vêm para sentir
Com o nosso coração, para falar
Com as nossas palavras, para olhar
Para o mesmo horizonte que nós
E nos dar a mão quando nos sentimos sós!

Há pessoas que chegam no silêncio de um olhar
Para nunca mais deixarem que o despertar
Desperte vazio. Pessoas que sorriem com o sorriso
Do nosso rosto e que choram quando, sem aviso,
Sabem que o nosso coração chora também. Pessoas que deixam
Sempre um rasto de luz e sempre estendida uma mão.

Pessoas que nos vêm trazer significado
A coisas simples da vida. Que deixam guardado
O atalho que caminhámos sem quererem
Mudar nada, porque aceitam-nos como somos.
Pessoas que nos ensinam a reconhecer a totalidade
De coisas tão importantes como o Amor, Partilha e Generosidade!!!


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Às vezes é preciso deitar tudo ao chão E voltar a construir do zero.



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Por mais que nos doa, às vezes, é preciso aprender a perder.
A falar sem nada dizer, a dar sem receber.
Às vezes é preciso esquecer o coração,
Esconder o que mais queremos mostrar, como se não
Nos comesse uma dor trémula de desconserto.
Uma falta que aumenta na alma o aperto.

Às vezes é preciso partir antes do tempo e aprender
A falar do que mais se teme dizer.
Ter coragem e mudar o que parece não ter solução.
Às vezes é preciso deitar tudo ao chão
E voltar a construir do zero. Esquecer cada momento,
Cada minuto. Esquecer tudo, esquecer o sentimento.

E mesmo que a voz não nos saia em tom perfeito,
Há que manter a serenidade e a firmeza. Mesmo que o peito
Nos palpite desordenadamente é preciso ordenar
O seu compasso, é preciso acalmá-lo, domar
As batidas mais fortes e esperar. Esperar que ele obedeça,
Esperar que a memória lhe falhe, esperar que esqueça!!!






terça-feira, 13 de outubro de 2015

A aspiração real mais importante que nos dá a vida





Amor! Dizem que quando é a sério
Cabe tudo lá dentro. Todos os fragmentos,
Todos os olhares e estados de alma.
Dizem que quando é real é um império
De palavras novas que nunca chegam a ser conhecimentos.
Uma poesia silenciosa, uma vontade frenética e calma.

Dizem que regenera-nos e faz-nos voar ...
Que pinta, de cores alegres, a nossa vida.
Que junta sonhos num sonho comum.
Que enche-nos a alma e o olhar,
E nos deixa, mesmo que cientes, de cabeça perdida.
Às vezes, assim, sem motivo nenhum!

Diz quem o reconhece realmente
Que é flor que brota de especial alimento
E que sua cor é mantida
Com retoques de sorriso e de cumplicidade permanente.
Diz quem o reconhece como autentico sentimento
Que amor é a aspiração real mais importante que nos dá a vida!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A certos momentos da vida Aprendemos a acreditar em Deus



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A certos momentos da vida
Aprendemos a acreditar em Deus ...
Aprendemos a rezar como nunca antes
Rezámos e confiamos sem medida
Na mão que está estendida aos seus
Mesmo que estes tenham estado distantes.

E aprendemos a acreditar porque a dado
Momento somos confrontados
E aí damos de conta que necessitamos
De algo maior do nosso lado.
Algo maior do que a presença a que estamos habituados.
Algo maior que a palavra que verbalizamos!

É aí que descobrimos Deus ... quando nos apercebemos
Que sós não vamos conseguir. Então, por mais fortes que sejamos,
Rezamos para termos ainda mais força para enfrentar
O nosso caminho; Deus ouve-nos e recebemos
A sua bênção. Pedimos e não ficamos
Com dívida porque aprendemos que Deus não cobra!





domingo, 11 de outubro de 2015

Porque fazes-me duvidar



Eu sinto quando os nossos olhares se cruzam
Que os nossos olhos ousam
Talvez, recusar o evidenciar
Que ambos queremos contrariar
Quando nos deparamos
No frente a frente em que estamos!

Sinto quando, sem querer,
Trocamos a impressão de que fugimos, sem saber,
De uma força maior
Que cada vez torna pior
O encontro à desculpa para a vontade
Que eu tenho de ficar a olhar-te na proximidade.

Eu sinto porque fazes-me duvidar
Quando eu chego e o teu olhar
Me busca meio inibido.
Sinto-o quando eu te olho e tu me olhas de sentido
Embebido no desejo de querer conhecer
Se o nosso sentimento nos permite algo mais dizer!



sábado, 10 de outubro de 2015

Voltemos aos brindes sãos Que nos rotularam de insanos



Esquece as voltas que o mundo deu,
Esquece os caminhos que tomámos
E voltemos a ser LUZ do mesmo espectro.
Esquece o tempo que nos conheceu
Seres em que nos tornámos
E voltemos a percorrer os mesmos espaços.

Voltemos a andar pelas mesmas mãos.
Voltemos a sorrir, sem medo de ficarmos
Sem mais nada para contar.
Vem! Traz contigo o sorriso e voltemos aos brindes sãos
Que nos rotularam de insanos
Mas que nos fizeram viver  sem julgar!

Vem! Volta e traz o tempo que, com o passar,
Nós esquecemos de resguardar.
Traz o cheiro do espaço que perdemos
E voltemos a marcar os mesmos passos. Voltemos a andar
De cabeça perdida e que esta nos faça recuperar
Todo o tempo que até aqui perdemos!






sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Justamente


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Justamente quando consegui encontrar todas as respostas,
Mudaram todas as perguntas que estavam expostas
Ao emudecer do meu coração!
Justamente na hora que descobri a Razão,
Todos os sentidos deixaram de o ser,
Pois a descoberta fez de mim outra mulher!

Depois de tanto ter percorrido.
Depois de ter deixado para trás e esquecido
Todas as amarras que me não permitem voar,
A vida troca-me a caminhada e o meu olhar
Perde a certeza que tanto custara a entender!
E depois de me encontrar eu volto a me perder!

Justamente na hora em que preparava
O passo final. Justamente quando estava
Inteirada da certeza que queria seguir
O mundo gira e leva com ele o sentir
Que eu aprendera a escutar.
Justamente na hora em que acertei o passo e decidi andar!



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Terás sempre um coração aberto e, para segurar, uma mão!


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Não esperes que as palavras surjam,
Porque elas serão sempre insuficientes
Para que os sentimentos sejam reflectidos.
Aguarda sim que o silêncio do teu coração
Perpetue todos os momentos em que combatemos todas as frentes
De invasão e no final saímos de braços erguidos.

Aguarda sim a energia deste fio invisível
Que o tempo não mata, ajuda a cimentar;
Que a distância não destrói, ajuda a alimentar .
Aguarda sim que o sossego cristalize a luz sensível
Do nosso sentimento e eterniza-a num lugar qualquer situado
Entre a tua cabeça e o teu coração, num perpetuar abençoado!

Eterniza todos os abraços, grava-os na tua memória
Para que amanhã e depois, e depois ainda,
Os possas sentir outra vez. Não esperes que a verbalização
Traga a plenitude, porque a palavra é inglória
E nem sempre sabe evidenciar que na vinda
Terás sempre um coração aberto e, para segurar, uma mão!








segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Saudade


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Dizem que ter saudade é coisa portuguesa,
Para mim é mais do que isso ...
Ter saudade é recordar com delicadeza
E alegria um sorriso; é sentir maciço
Um olhar que até pode estar afastado
Mas que vive perto porque é lembrado!
Nada tem a ver com a herança do fado
Ou com o mar. Para mim é mais legado
De sentimento. É presença que fica correndo
Dentro de nós mas nos faz bem, pois entendo
A saudade como o privilégio de se ter vivido
Algo ou de se ter conhecido
Alguém especial o suficiente para nos fazer
Sentir orgulho de dizer
Que saudade não é nostalgia nem tristeza.
É alegria de guardar com carinho a beleza
De pessoas tão especiais como tu!




domingo, 4 de outubro de 2015

Nem sequer são precisas frases inteiras.





Resultado de imagem para ver-te chegarNão! Não são necessárias grandes explicações
Nem sequer são precisas frases inteiras.
É possível ver na transparência do meu olhar
Os sentimentos e as intenções
Que eu trago. Ver que são verdadeiras
As palavras que te digo mesmo sem as mencionar!



Sabes, às vezes sinto que o que existe entre nós
É demasiado grande para se atravessar
Com o esforço do pensamento racional.
Por isso não será necessária a voz
Da explicação ... preenche-o a vontade que eu tenho de amar,
O consolo de olhar-te e ver-te sorrir...

Pois sei que ao ver-te entrar subitamente em direção a mim
Haverá uma explosão de lágrimas e de muitas gargalhadas silenciosas;
Uma alegria enorme por nos voltarmos a ver ...
Tudo isto sem que seja necessário dirigir-me a ti
E desdobrar-me em explicações. E continuarei de teimosas
Pretensões, mesmo sabendo que tudo possa ser muito pouco ao meu querer!





sábado, 3 de outubro de 2015

Corres-me nas veias




No escuro da noite calma
Sinto passos lentos e silenciosos,
Não sei se na alma
Se nos espaços sequiosos.

Sinto um calor frio
Arrepiando-me a espinha,
Um clarão sombrio.
Sinto mais gente, mas estou sozinha ...

Dou luz à escuridão
Na esperança de encontrar
Essa sensação
Que me faz arrepiar.

Então descubro que não pairas no ar,
Andas-me no sangue!
Corres-me nas veias
E vagarosamente nelas te passeias.



sexta-feira, 2 de outubro de 2015

E junto trarão um abraço



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Eu sei que se eu chegar de lágrima escorrida
No rosto vocês irão notar a ferida
No meu peito e irão querer falar
Disso ... mas, mesmo assim, respeitar
Se eu não quiser alongar-me no assunto.
E irão seguir-me com mais atenção e junto
Trarão aqueles abraços que aquecem
A alma quando os sorrisos parecem
Teimar em voltar. Sei que irei poder contar
Com o vosso apoio e com a descrição do vosso olhar.
Sei que irão também querer se alistar
Na mesma batalha que eu, e irão ficar
Para lutar do meu lado se eu assim o permitir!
E eu só terei que agradecer, erguer os braços e sorrir
Por vos ter do meu lado ....