quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Um céu sobre nós

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Prometo que fico aonde estou.
Prometo que os meus passos não andarão
Mais do que o peito me dita.
Esperarei o que eu tiver de esperar, vou
Aonde eu tiver de ir, e, se ainda não me secaram
Os olhos, não será agora a hora bendita!

Se eu tiver de passar mais uma vida,
Eu espero, espero para ver-te chegar.
E se ao chegares não deres de conta
Que eu te espero à descida
Da tua serenidade pelo meu passar
Eu murmuro-te baixinho enquanto tua alma se apronta.

Espero, espero até à chegada do dia
Em que haverá um céu sobre nós ...
Espero até à data do renascer!
Se tiveres de seguir, depois, na tua via,
Que sigas pois toda a minha voz

Já te terá dito tudo o que tinha para dizer!


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Por mais que eu fortifique a minha pose



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Desta vez o sorriso que esboço convictamente, embora não quente,
Suspira de sufoco aliviado, pois aprendi a sorrir de sentir renovado
Sem que eu seja propriamente exibidora.
Aprendi a respirar em pose sonhadora
Sem que eu tenha de perder a mente,
Pois posso mostrar-te assim que te não sou totalmente carente ...
Contudo, por mais sorrisos que eu esboce;
Por mais que eu fortifique a minha pose
Apoiada neste suspirar aliviado
Do sentir que sinto renovado ...
Por mais que eu me exiba.
Por maior que seja o medo que me iniba
Ou a dor que me venha fazer apresentar todo o meu desinteresse.
Por mais que eu te fale desse
Desejar que te não tenho.
Por maior que seja o tamanho
Das mentiras que eu te diga
Ou por mais que eu te evite e te não siga.
Por mais que eu fale que não lembro de ti
Ou que grite convictamente que de esquecer eterno te esqueci.
Por mais ... mais e mais ...
Lá no fundo sei
Que existe razão maior ao mencionar
Que eu te possa jurar.
Sei que, por maior que seja o meu negar,
Ainda te sei amar.
E embora eu tenha aprendido a mostrar uma outra imagem,
Ainda te sinto. Sei-o porque nessa viragem
Que só faço para dizer
Que já não existes dentro do meu ser,
Ainda existe um sentido forte!
Ainda existe dentro de mim uma ausência que sabe a morte.
E mesmo que eu negue, uma falta que me faz calar a dor.
Uma verdade oculta que diz que eu jamais deixarei de sentir Amor!




quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Quero viver a delirar!



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Os olhos fechei ...
Sinto-me tão leve!
De que serve este corpo que não serve,
A procura desmedida, se já acertei?

Sinto-me elevar,
Sinto-me dançar ao sabor do vento
Que dentro de mim sustento
E que me faz sonhar ...

Mesmo de olhos fechados
Posso correr, posso voar,
Posso ser sem me importar ...

Que maravilha ( ...)
Não quero acordar,
Quero viver a delirar!



quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A saudade que eu tenho dos teus braços


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Sim eu tentei, mas reconheço
Que não há longe nem distância que faça
Diminuir tudo aquilo que eu sinto por ti.
Eu tentei livrar-me do pensamento e recomeçar de um começo
Que não me trouxesse lembranças, mas nenhuma graça,
Por maior que fosse, deixou que ficasses distante de mim ...

Nenhum sorriso, nenhum amigo ou conversa

Matou a saudade que eu tenho dos teus braços.
Sim, tentei continuar, mas nenhum passo que dei
Levou-me a crer que fosse essa
A forma que eu tinha de romper os laços
Que me atam, desde sempre, a esta Lei.

E por mais estranho que possa parecer
Nada disso me fez desistir,
Porque apesar de tudo eu sei que foi para a vida.
Um sentido que me tocou sem eu o ver,
Que me despertou e me deu a conhecer
A parte de mim que eu julgava esquecida.



segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Tua presença ou minha simples doença!?



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Eu olho em redor e apercebo-me de muitas coisas que não compreendo.
Existem vozes, por vezes passos ...
Sonhos que eu não sei explicar!
Por vezes vejo quando nada estou vendo,
E até sinto que me estendes os braços,
Mas eu caio no vazio de um secreto olhar!


Às vezes as luzes são fortes demais
E, por vezes, o clarão faz-me recear
Os momentos em que estás presente
Quando não estás, porque os pensamentos reais
Vêm sempre acompanhados de um vagar
Que tanto aprecio como lhe sou temente!


Existem momentos encobertos ...
Existem palavras das quais desconheço
A origem. Será apenas a tua presença?
Eu sei que os momentos não permanecem certos,
Mas será que tudo isto que ainda reconheço
É a tua presença ou é minha simples doença!?





quarta-feira, 27 de julho de 2016

Forçar a luta, não adianta.






Forçar a luta, não adianta.
É necessário, por vezes, uma manta
De paciência, e esperar
Pelas forças para então lutar.


E é no silêncio do campo de batalha,
É nessa dor que às vezes nos retalha,
Que melhor escutamos as batidas do coração.
É então nesse momento que são
Necessárias todas as atenções,
Todos os pensamentos e concentrações.


Faz-se um balanço, vê-se como pulsa o nosso coração,
Se a alma está incendiada de fé e se a indecisão
Não virá abalar o nosso passo. Tão importante
Quanto a ação é a certeza que levamos adiante ...
E se no silêncio o coração retomou o seu natural batimento

E a alma se incendiou então o passo de certeza segue em certo andamento!



segunda-feira, 25 de julho de 2016

Mas querido, desta vez Não!


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Chamas dizendo que desde então perdeste a noção
De tudo e que não fará sentido continuar assim ...
Eu oiço o que dizes mas não me posso deixar envolver
Pelas palavras. Dizes que precisas de mim para levantares do chão
Em que caíste e que sentes muito ... declinas-te sobre mim,
Pedes o meu perdão pensando que voltarei atrás, voltando a esquecer!


Ages como dono do sentido porque achas que as palavras serão
Sempre suficientes e que bastará apenas o arrependimento.
Mas querido, desta vez Não! Desta vez é tarde demais para amabilidades
Absolventes, demasiado tarde para voltar a aceitar a versão
Que sempre me fez tentar mais uma vez, esperançada de que o sentimento
Estranho que vive em ti deixasse de agir sem necessitar de segundas oportunidades.


Amo-te, sim! E ainda ardo no fogo das tuas confissões,
Tanto que ainda por vezes questiono tudo outra vez vezes sem medida...
Mas é demasiado tarde, as desculpas nunca irão
Resolver tudo. Eu sei que no fundo as tuas acções
Não são bem aquilo que esperas de ti mesmo, mas não posso passar a vida

A temer, não posso porque desta vez é tarde demais. Desta vez não existe Perdão!

sábado, 23 de julho de 2016

Que, mesmo que eu esteja longe, sentirei alegria!








Sabes meu querido,
Às vezes, na verdade, interrogo-me.
Mas como lhes hei-de dizer, meu doce amor,
Que não existe som para além deste triste gemido
Que sinto. Que não existe sentido para além deste e que jogo-me
À alegria mais divina a à mais demoníaca dor!

Como lhes hei-de falar
Deste peso que no peito se me aperta.
Como lhes hei-de fazer descobrir
Que só existe luz se eu olhar teu olhar,
Sentindo as tuas mãos; se a porta da tua beleza estiver aberta;
Se os teus lábios tocarem nos meus e eu ouvir-te sorrir.

Diz-me, meu amor. Diz-me que não é loucura
Amar assim. Diz-me, e eu poderei despontar
Esta beleza como quem recita poesia.
Diz-me, meu doce anjo, à luz da tua ternura,
Que eu jamais irei esquecer. Diz-me que este amar
É nosso. Que, mesmo que eu esteja longe, sentirei alegria!


domingo, 17 de julho de 2016

Uma vida a teu lado





Sei, podem por vezes ocorrer pequenas tempestades,
Faltas que nos fazem suportar as saudades
E nos deixam capazes de aguentar mais um pouco,
Porque sei que por vezes o sentido bate louco
E nos deixa, jogados de olhar no olhar,
Perdidos nas palavras ou já sem nada a mencionar!
Mesmo assim quero continuar porque acredito
Que as palavras sempre surgirão e o nosso olhar aflito
Demonstrará que tudo irá resultar.
E mesmo que fiquem respostas por validar,
Porque não acertámos ao primeiro passo,
Teremos de acreditar mesmo que isso nos custe um pedaço.
Eu não vou mentir, não vou dizer que sempre irei
Fazer certo, mas, com toda a certeza, darei
O melhor de mim, porque sei que não irei aguentar
Se essas intempéries nos fizerem questionar
O porquê de termos permitido o fim
Se já sabíamos o que nos iria custar se viéssemos a ficar ali!
Pois mesmo que o orgulho nos torne fracos, tanto que até nos endureça,
Como é que eu irei fazer com que eu permaneça
Forte ao ponto de suportar a ideia de te não ter
Do meu lado, sabendo que não saberei viver
Sem ti!? Como é que irei aguentar o frio da minha cama
Se o vazio tiver sido causado por nós ao deixarmos que se apagasse a chama?
Eu sei que, inevitavelmente, surgem pequenas precipitações,
Discórdias insignificantes que sempre e apenas deverão permitir reflexões
Que espelhem tudo o que de bom demos até ao momento,
Mas também sei que devemos acreditar no sentimento
Tal como acredito que só contigo irá funcionar!
Acreditar que saberemos avaliar, corrigir se preciso, mas acima de tudo,
saberemos AMAR!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Menos dona, mais senhora







Há vigores que se perderam, inevitavelmente.
Mas o ganho foi indiscutivelmente superior.
Perdeste a pressa do passo impaciente
E ganhaste a maturidade para compor
Silêncios e encontrar a paz no coração.
A capacidade de aprender que a esperança 
Vive de ti, se alimenta de amor e gratidão.
Aprendeste a ouvir a voz que te dá segurança.
Descobriste que a fé fortalece e abre caminhos.
Que a vida é melhor quando sorrimos.
Melhor ainda quando não estamos sozinhos
Nas aposta e metas que cumprimos.
Descobriste que daqueles que foram embora
Nem todos te deixaram, muitos ficaram a contar a hora.
Aprendeste, com a idade, a construir
De dentro para fora. A segurar alguns passos e a seguir
A intuição. Aquela que só o tempo nos presenteia.
A construir a ideia, a tua própria ideia.
O teu mundo. Mais livre e mais segura.
Mais atenta, menos dura!
Menos Dona, mais Senhora!!!

 





sábado, 7 de maio de 2016

Nem mesmo a voz de Deus




Corre-me em frente um negro cortinado
E fico em doentia alma que anseia
Uma luz fiel ou um raio em ideia
Que me desfaça deste estado embriagado
Em que me encontro. Mas aqui onde
Eu tenho os pés nenhuma voz humana me responde ...


Corre-me essa mesma cor e já em som desesperado
Grito de uma dor que me incendeia,
De um som que de tempos a tempos se alteia
E se desespera no grito que liberta magoado.
Porém nada nem ninguém vem avisar
De que esta alienação termina ou estará a terminar!


Nada nem ninguém vem trazer
A estes olhos ardentes

Que se movem em  visões ferventes,
Um cortinado com melhor parecer.
Nenhuma voz, por muito que seja a minha embriaguez,
Me responde, nem mesmo a voz de Deus!




segunda-feira, 25 de abril de 2016

Não tantas vezes como eu gostaria





Sinto que às vezes não digo
Tantas vezes como eu gostaria
De dizer que Te Amo.
Não porque não consigo,
Mas sim porque tenho medo da avaria
Do sentimento se este se perder nas palavras que reclamo.

Medo que exista perda na palavra repetida
E que esse Amo-te seja apenas ouvido ...
É por isso que talvez seja mais especial quando a Saudade,
Ou a ternura de tal maneira sentida,
Me faz dizer que Te Amo. Especial sentido
Pois é vivido porque existe, não porque há vaidade!

Especial porque o coração se tornou pequeno
Para guardar e porque verbalizar é o que o faz
Crescer para poder continuar a amar!
É o que o faz querer idealizar porque se sente pleno
E capaz de viver sem querer muito mais
Além de um coração quentinho e com mais espaço para te guardar!


terça-feira, 19 de abril de 2016

Mas não é suficiente




Eu sei que tento falar-te quando estou no encobrir
Do silêncio, que tento sentir-te quando a brisa crespa-se por inteiro
No meu rosto, e que faço a dor diminuir
Enquanto tento perdurar o teu cheiro.
Mas, mas é insuficiente!

Faz falta o teu corpo, o teu toque
E a tua voz roçando no meu ouvido.
Faz falta uma proximidade que se choque
No olhar de nós os dois, um sentido
Que recompense a visão que te vê quando te não enxerga,
Porque aprendeu a ser crente!

E eu sei que até tenho conseguido estar mais perto de ti,
Mesmo sem estar. Eu sei que até tenho conseguido
Olhar no teu olhar e alongar esses instantes dentro de mim.
Contudo faz falta a tua presença. Faz falta o verdadeiro sentido,
Porque apesar de tudo eu sei que aquilo que eu faço não é suficiente!




domingo, 17 de abril de 2016

Apenas e somente



Era bom ter-te aqui, nem que fosse para te dar
A mão, te olhar bem fundo nos olhos e voltar
A dizer-te Adeus. Nem que fosse só
Para passar os meus lábios pelos teus e pelo nó
De ver-te outra vez a partir e sentir dor.
Mas era tão bom, tão bom Meu Amor!

Talvez assim fosse mais fácil aguentar
Esta noite, talvez assim fosse mais fácil deixar
Que as lágrimas me lavassem por completo o coração
Pelo tempo suficiente para eu poder sentir de novo ilusão
E ficar esperando, como quem espera o brilho da lua,
Que consigas ver no reflexo do meu olhar a certeza do Amor que me faz ser tua!

Apenas e somente mais uma noite de amor,
Sem juras nem promessas; unicamente pertença, entrega, desejo e fervor.
Apenas mais um momento que me viesse ajudar a suportar
A existência do teu cheiro na minha pele. A existência do teu olhar
Na minh’alma e o sentimento que te adivinha em mim para toda a vida!
Apenas e somente mais uma vez, para que eu viva dessa última partida!




sábado, 16 de abril de 2016

Neste instante não dói


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Fecho os olhos, cerro as mãos,
Por momentos esqueço e perco o sentimento.
Neste instante não dói porque não sinto.
Não machuca porque o sonho e o desejo deixam de ser irmãos.
Nesse instante não é necessário mais fingimento,
Pois o tempo permanece extinto.
As palavras caem no vazio mas este já não queima,
Já não ofusca porque já não tenho visão.
O ar fica pesado e fraco mas não faz sufocar
Porque não respiro! Já não existe teima
A tentar prevalecer porque nesse instante não existe compassar
A poder bater descompassado dentro do meu coração.
Por fim desaba-se sobre mim o festival
De figuras e encenações, de desejos e planos
Para nós os dois. No entanto esse final
Que sinto sempre que penso em ti já não mata, não mata porque viva já não me sei.
A falta já não enlouquece, e o sentimento que ainda insiste
Em querer prevalecer já não decompõem, não decompõem porque corpo já não existe!


terça-feira, 12 de abril de 2016

Não sabem não!


Eles não sabem como é.
Até podem acreditar,
Mas não sabem reconhecer
E valorizar por inteiro a fé
Que me faz esperar ...
A força que equilibra o meu ser!

Não sabem como é porque passam
Meio ao lado do que sou
E porque também talvez não perderam
Tempo suficiente. E só arregaçam
As mangas até ao corpo que desnudou ...
Por isso não sabem, não sabem não!

Não conhecem, embora até sintam!
E não vivem na totalidade
Mesmo que até vivenciem plenamente.
Não, porque quando aceitam às vezes fintam.
Quando não fintam sentem acusar a disponibilidade.
E isso faz-me afirmar que não o sabem certamente.



terça-feira, 5 de abril de 2016

Na eterna pertença que te elege Ser especial




Se eu tiver de partir,
Que parta deixando o sol brilhar
Com a mesma intensidade.
Se eu partir, mesmo ainda no omitir
De toda a minha passagem, que possa ficar
Toda a sua luminosa veracidade.

Se eu tiver de mudar a trajetória
Dos meus passos, que o meu sorriso
Acompanhe o teu olhar e que o meu existir
Aqueça tuas mãos, mesmo sem que saibas a história
Que este traz nos seus traços, e no seu indeciso
Toque, com medo de te ferir.

Que eu vá, mas que fique para olhar
Por ti o ser que me protege.
Que a luz me cesse, mas que a luminosidade que me vem
Do sentimento te possa acompanhar
Na eterna pertença que te elege
Ser especial.
Que eu parta olhando-te feliz ... eu ficarei bem!!!