terça-feira, 29 de setembro de 2015

Cresço cresço e toco no Céu!





Desde então tudo tem estado em constante crescimento,
Acho até que o meu coração duplicou de tamanho.
De repente fui sentindo que, ao mesmo tempo que distribuía,
Algo me transbordava da alma, dando-me alento.
Como se eu fosse alimentada por um estranho
Movimento disfarçado, para eu não saber, ao certo, que o vivia.

De repente fui sentindo os braços se me elevarem,
Assim, como se eu fosse abraçar o mundo inteiro
Numa vontade de encher os pulmões
E expirar somente amor. Sentindo as mãos ficarem
Cheias, porque, de repente, o ar tornou-se num letreiro
De palavras douradas, sem falhas nem interrogações!

E é desde então que tenho aprendido a ler as entrelinhas do aparente vazio.
Que tenho descodificado, em cada espaço, aparentemente
Livre, as palavras que sempre estiveram cobertas com um véu!
Acho até que, por vezes, tenho sentido um doce frio
Que me faz crer que, por vezes, de repente,
Eu cresço cresço e toco no Céu!



domingo, 27 de setembro de 2015

Hoje acordei assim



Hoje acordei assim, cheia de vida e de cor,
Num despertar já de olhos abertos e com o coração
Cheio de Luz. Com uma enorme vontade
De distribuir sorrisos, de distribuir amor
E formular desejos sem nada pedir. De dar a mão
Às palavras e de dizer tudo sem nada dizer na realidade!

Acordei a sentir-me dona de mim mesma,
Branda e fresca, com sede de leveza
E com ânimo para me fazer agigantar
A alma, assim, com passo de lesma;
Sem pressa e com delicadeza!
Crente de que irei mesmo crescer e me elevar ...

Acordei a sentir que o brilho no meu olhar chega para tudo.
Que a vida faz-se pulsar debaixo da minha pele.
Que a coragem suprime o receio ...
Hoje acordei de medo mudo
E com vontade de esvaziar um coração cheio
Só para voltar a enche-lo e de novo compartilhar !!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

NÃO! Não existe Amor impossível.




                                                                                    DDiArte Photography                                                                                                 


NÃO! Não existe Amor impossível.
Há sempre uma Luz visível,
Uma Luz que se manifesta
Defronte nós, uma Luz que nos atesta
Na hora em que temos menos força e deixamos
De acreditar que amamos!

Pois atrás da máscara de gelo que usamos,
Atrás das palavras que recusamos
Mencionar, existem corações de fogo.
Existem vozes doidas por gritar
Que estão repletas, que precisam de uma mão
Para caminhar junto com o coração!

Que buscam, incessantemente, o amor de alguém,
Mesmo que isso signifique escutar, ou dizer, muito bem,
Muitas vezes, a palavra não!
Buscam porque quebraram o gelo, esse paredão
Do medo. E sabem que muitas vezes o silêncio irá acompanhar
Os seus corpos, mas também sabem que saberão AMAR!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A outra parte





Mais tarde ou mais cedo
Irás acabar por encontrar o Ponto Luminoso
Acima do meu ombro. E esta certeza
Porque sei, que só tu, mesmo que o medo
Te faça duvidar, tens o poderoso
Sentido de o ver e associá-lo à riqueza.

À riqueza de descobrir a Sabedoria.
À riqueza de encontrar o caminho!
Sei porque sinto, quando olho para ti,
Esse brilho que me devolve, na alegria,
O conhecimento de um corpo que não percorre sozinho.
Sei, porque nessa Luz sinto-te um pedaço de mim!

E Tenho a certeza que o irás encontrar
Porque só as partes têm o poder
De se conhecerem. Sei porque vejo-o no brilho
Dos teus olhos, quando, devagar,
Tento sentir um pouco mais do mistério que nos faz ser
A outra parte, e nos faz descobrir a LUZ pelo mesmo trilho!...








terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sem pretensão

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Não pretendas o perdão ... sim eu sei.
Sei do poder e da força que nos joga
Nos braços um do outro.
Talvez tu e eu possamos resistir e negar como eu neguei,
Mas sei que nada nos salva nem ninguém roga,
Nesse momento, por nós.

Podemos tentar não misturar as coisas,
Até não resistir às nossas respirações,
E talvez tentar tudo de novo como se houvesse um ser
Divino que nos olhasse. E, no instante em que pousas
As mãos sobre as minhas, as nossas pulsações
Cruzam-se, no momento não há nada a temer!

Podemos tentar confiar nos nossos olhares,
Mas nada nos dará a certeza
Que esse desejo será um caminho leve e sossegado!
Podemos confiar-nos sem que tu, ao passares
As tuas ambições pelas minhas, tragas na dureza
A pretensão de ouvir mencionar “ estás perdoado”!




segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Fosse ser flor de um desejo caduco


                                                                          DDiArte Photography                                           
Pensei que este amor maluco
Fosse ser flor de um desejo caduco,
Brilho de um querer passageiro ...
Que fosse ser de um dia escuro o nevoeiro
Que vem e encobre a vista
Da estrada que temos como prevista!

Pensei que este aperto no peito
Fosse ser do frio gelo estreito
Não mais que uma aventura
Debruçada em vontade de pouca dura ...
Gelo que jamais poderia gelar
O sorriso que sempre esteve habituado a se aventurar!

Mas esse desejo caduco que pensava sentir
Ainda hoje habita no meu existir,
Esse querer passageiro
Consome-me ainda a tempo inteiro.
E aquele aperto no peito,
Aquele aperto ... ainda o sinto do mesmo jeito!





sábado, 19 de setembro de 2015

Mais do que palavra, presença!




Mais do que palavras, entre nós,
Sempre valeram, mais do que a voz,
Os momentos de presença.
E até pode já ter existido sentença,
Mas a cobrança nunca foi superior
À atribuição. A pertença sempre foi valor
Certo e nunca a dúvida balançou
Quando um de nós precisou
Que o outro, antes de respirar,
Estendesse os braços para alcançar
A mão e acolhê-lo silenciosamente.
Nas vezes em que a mão não foi assim tão valente
Nós tornamo-la forte para na certeza
Segurarmos com toda a nossa firmeza
Quem do outro lado esperou
Porque sempre teve real que não mudou
Nada, mesmo que o diálogo entre nós
Raramente tenha necessitado de recorrer à voz!







sexta-feira, 18 de setembro de 2015

somente crente!

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Às vezes eu apenas fecho
Os olhos, fecho os olhos e me deixo
Levar pela afincada crença
De que ao desejar veemente a tua presença
Eu te sinto mais certo em mim,
Mais perto, mesmo não tão próximo assim!
Fecho os olhos para encurtar
O tempo que às vezes perco, e escutar
Mais profundo o passo
Do teu andamento quando eu faço
Questão de o querer sentir
Firme e compassado no meu existir!
Às vezes escuto o silêncio apenas.
Levantas-me o olhar e acenas
Com um sorriso largo no rosto.
Querendo sentir-te o gosto
Eu cerro os olhos, crente.
Somente crente ... somente!





quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mas perder-te!?

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Esquecer o teu rosto
Não é a mesma coisa que esquecer-te!
Esquecer o teu sorriso
Foi-me imposto
Pelo tempo. Mas perder-te?!
Perder-te foi um sumiço
Que nunca soube alcançar...
Com o passar do tempo,
Inevitavelmente a visão afastou
Alguns traços que a memória quis guardar,
Mas esquecer-te!? Não o fez o tempo
Nem a vida que veio e ficou
Depois de ti. Esquecer a essência
Foi sempre impossibilidade,
Eu sempre soube desta minha carência,
Sempre soube que te levaria eterna autenticidade!










quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Quero-te apenas lá, do meu lado!



Não quero que tires o peso do mundo
De cima dos meus ombros quando ele cair.
Não quero que chegues com certezas frágeis
Nem que venhas com promessas.
Não quero palavras ocas
Nem silêncio duradouramente exagerado.
Quero que ajudes a suportar quando doer fundo.
Que ajudes a fortificar ou a construir.
Que uses movimentos leves e palavras ágeis,
Que estejas lá; sem pressas
Vinculadas nem juras loucas.
Quero-te apenas lá ... do meu lado!






segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Hoje e sempre!


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Que o teu amanhecer
Traga sempre um horizonte
Cheio de esperança e um coração
Forte e seguro para fazer
Valer a magia da ponte
Entre o sonho e a realização ...
Que nele se acenda,
Todos os dias, a Luz do amor
Daqueles que te querem bem.
Que o passo levemente se renda
Ao brilho da Vida e que o Senhor
Te conceda a dádiva que vem
Agigantar o coração e o sorriso!
Aos que amas que dê a benção
De estarem efetivamente por perto,
De braços abertos sempre que preciso ...
Alegremente ostentando a gratidão
De saberem que há coisas que, de certo,
São presentes gentilmente
Embrulhados por Deus para a gente!





domingo, 13 de setembro de 2015

Que a vontade de caminhar faça o caminho



Que a minha vontade de caminhar faça
O caminho, e que o meu passo
Rasgue com precisão o percurso!
No decorrer, que queime o fogo sem fumaça,
Que arda o lume sem que seja devasso
Na queima do decurso.
E se na rápida combustão
É mais intenso, de lembrar,
Que vai, com certeza, perder o fulgor.
Que exista sabedoria então
Para poder balançar
A ação e que só arda sem ardor.
Que a minha vontade faça iluminar
E que a fé esteja sempre presente ...
Não é nenhuma corrida,
Que o percurso seja para desfrutar
Sem pressa, que o passo seja sorridente
E que chegue tão fresco como aquando da sua partida!





sábado, 12 de setembro de 2015

Tem me ensinado


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A vida tem me ensinado
A querer viver de sentido desviado
De certas ambições. Tem me ensinado a adquirir
O que é essencial e a construir
Apenas por cima dos bons sentimentos!
Tem me ensinado que momentos são momentos
E nem todos eles me irão definir na plenitude,
Porque irei mudar de ideias e quem sabe até de atitude.
Ensinou-me a acertar o passo sem que eu tenha de tornar
O passo de quem caminha comigo menos certo que o meu.
Trocou-me muitas vezes as voltas, estabeleceu
Regras e obrigou-me a cumpri-las. E mais do que a mudar
Me tem ensinado a dar valor.
Me tem ensinado a manter e preservar.
A avaliar e a contrapor ...
Essencialmente a reconhecer
Quem vem para ficar!





sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A centelha Que me faz aquecer o peito.







Tenho o sorriso rasgado de orelha a orelha,
E acesa, bem acesa no coração a centelha
Que me faz aquecer o peito.
Sabes, e nem podia ser de um outro jeito.
Não poderia haver maneira
Mais genuína, mais verdadeira.
Não poderia querer da vida
Mais do que recebo. A cada batida
Do meu coração eu sinto-o realmente
Vivo. E a cada olhar que eu travo este sente
A magia, a dádiva de saber
Que bate para viver!





Numa guerra que não é tua



Baixa as armas,
Esta luta não te compete a ti.
Carregar o peso dos carmas
Que não são teus é ostentar um sim
Que não trará benefícios
Nem apaziguará os sacrifícios.

Pois mesmo que imponhas
As armas certas e não faças ronhas,
Estás, ainda assim, a lutar
Numa guerra que não é tua;
Os resultados não irão aliviar
O fardo que carregas. Não irão colocar nua
A tua alma, nem enchê-la de ti. Não irão
Glorificar-te nem te ampliarão ...

E não esqueças, não existe derradeiro
Nem combate definitivo.
E se mesmo assim jogares, joga como justiceiro,
Joga limpo e afirmativo;
Não combatas só porque é preciso combater.
Não será digno lutar se isso não te fizer engrandecer!





Na fiança mais elevada que o custo

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Depois de muito tempo de espera
Tu perdes a confiança ...
Começas a duvidar
E a questionar
Se és tu quem está na fiança
Mais elevada do que o custo.
A evidência não te dá algum sinal
E afundas cada vez mais
Entre a verdade e a mentira ...
O que era uma mente consolidada vira
Uma esponja em espirais
Que absorve o bem e o mal.
Esperas, mas a certeza
Que te dão hoje amanhã
Não será de maneira alguma
Aquilo que a firmeza
Da palavra que se assume cristã
Valida de verdadeiro ...
E o que é que podes fazer?
Seguir pelo teu pé sem esperar
Que a solução surja evidenciada e liberta!





quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Sem dizer adeus

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Amanhã irei partir, devagar e sem dizer adeus!
Poderei baixar o rosto mas não será por vergonha
Nem por medo de lhe enfrentar ...
Não sei se os seus olhos encontrarão os meus,
Nem mesmo sei se restará alguma palavra que ponha
Fim à dor que irá ficar!

Irei escorregar lentamente, e não será
Para lhe sentir mais profundamente o gosto!
Gostaria de dizer que a nudez
Acompanhará o meu passo e ficará
A valer o vazio e todo o oposto
Das palavras que se cravam cá dentro, para eu ficar na mudez!

Depois, depois abrir o peito e esvaziá-lo.
Esquecer que um dia este esteve cheio ...
Aprender a ser feliz no contentamento
E não esperar mais ter de amá-lo
Na contenção do discurso porque a meio
Faz-me querer partir sem palavras nem juramento!





Livre arbítrio

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Quando somos colocados à prova tendemos
A glorificarmo-nos das vitórias e a tomar satisfações
Nas derrotas, e esquecemos que o Deus que nos dá a Oportunidade
É o Deus que nos dá livre arbítrio. Esquecemos
Que Deus é o pescador que dá o peixe sem hesitações
Mas o mesmo que procura ensinar a faculdade ...

E colocamos muitas vezes de lado as provações
Depois de termos cruzado com o limite do medo;
Quando voltamos a atalhar com o passo pesado
Voltamos a exigir como se ainda as nossas ações
Não tivessem provado o suficiente; sempre cedo
Para termos aprendido com o nosso passado.

Dirigimos uma batalha de acusações e interrogações.
Ficamos à espera mesmo sabendo
Que esquecemos de cumprir com o nosso dever ...
Tiramos o peso dos nossos ombros quando nas justificações
Alegamos que fomos fortes o suficiente mesmo vendo
Que podíamos ter sido bem maiores.





E se caíres eu levanto-te



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Não temas porque quando chover
Eu abrigar-te-ei, estarei do teu lado a fazer
De guarda-chuva. E se caíres eu levanto-te;
Se chorares eu limpo-te as lágrimas dando-te
Apoio e garantindo a minha presença assim
Que necessites, a qualquer momento sempre que precises de mim!

Eu não garanto que não irá doer
Quando te magoarem, mas prometo fazer
De tudo para, ainda assim, ver-te esboçar
Um sorriso; eu não prometo curar
Quando a dor ferir o teu peito,
Mas prometo tentar fazê-lo do melhor jeito.

Devo-te isso e muito mais ...
Afinal para que servem os amigos leais!?
Para que servem os sorrisos sem a cumplicidade
Do resgate e o amor do amparo que não tem finalidade
Mais compensadora do que a suficiente
Recompensa de ver-te bem, ver-te sorridente!!!





Enquanto acerto as palavras te sinto bem mais perto






Enquanto eu estou aqui e te escrevo no delinear
Do vocábulo que nunca irá ser suficiente para tocar
No sentimento eu sinto a tua mão
A percorrer-me o rosto e guardo a ilusão
Porque fico também a imaginar que sentes
O que escrevo através destas mãos quentes.

Fico a imaginar que o vazio
Se alonga em corredor fugidio
Para as minhas frases passarem
Direitinhas para o teu coração e aí ficarem.
Pois eu sei que enquanto acerto
As palavras te sinto bem mais perto ...

Enquanto eu fico tentando
Descrever o que sinto e como ando
Eu sinto-te bem presente do meu lado.
É por isso que eu te escrevo em alargado
Texto. É por isso e porque desejo em apelo cheio
De crença que o sintas na totalidade não pelo meio ...





Tão calmo quanto acelerado

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Aposto que o coração desse lado
Bate tão calmo quanto acelerado
Quando te aninhas nos lençóis da cama
Vazia sem mim e ficas esperando, porque quem ama
Espera sempre, por mais ínfima, por mais derradeira
Que seja a oportunidade; sim porque me amas, eu sei a maneira!

Aposto que adormeces virado
Por cima do ombro, de braço esticado,
E que às vezes sorris com felicidade
Genuína nos lábios porque a tua realidade
Tem-me nesse momento passeando
Nas veias do teu corpo; mais, muito mais do que amando!

E desconfio ... desconfio que só agora começas a perceber
Que o sentimento é maior do que o que está a acontecer.
Aposto que existe uma bomba relógio a rebentar
Silenciosa aí desse lado, uma boca que não irá ficar
Por muito mais tempo distante da palavra e da vontade
De sentir meus lábios e abraçar-me de verdade!

De ponto assente, bem assente!




Amo-te de boca cheia
E sem medo de ficar
Sem mais vocábulos para definir
O que vai nesta alma que semeia
Vislumbre para abrilhantar
Porque quer mesmo sorrir!

E não é só por momentos,
É a toda a hora ...
Amo-te de ponto assente, bem assente!
Sem pressa nos argumentos
Mas também sem demora
Porque, de facto, é amor o que o coração sente.

Amor quente e agradecido!
Tão fulgurante como permissivo,
Tão suave quanto avassalador ...
Pois eu não me teria permitido
Comprometer se tivesse sido apenas instintivo,
Se eu não soubesse que é mesmo amor!





Como brasa que se estende em fogo



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Eu provei o gosto do céu, leva-me lá outra vez!
Não importa o que vamos deixar para trás. Tu não prevês,
Eu não prevejo ... o que temos é o que está diante
Nós, e quando as certezas do nosso semblante
Estão já todas asseguradas de que serve esperar
Mais, de que serve suportar!?

O sorriso, o toque, a pele, o beijo que ainda
Não foi dado ... brinda-me novamente, e antes da vinda,
Deixa minhas mãos repousarem sobre a gratidão
De poder sentir amor quando quase todos já não
Acreditam que é possível tocar
No sentimento, esse céu que me deste a provar!

Sopra de novo,como brisa refrescante que acende
Os restos de carvão prestes a apagarem-se! Como brasa que se estende
Em fogo, pois sabe que quanto mais perto, mais brilhante; mais difícil de se extinguir!
Leva-me lá outra vez ... não importa em qual encobrir
Se envolve, já o sei, deste-me  a provar o gosto desse céu!








segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Fazes-me falta



Fazes-me falta, uma falta que já não é ferida
Mas que me deixa apreensiva e atenta, sentida
Com a certeza que desde sempre tive acerca de ti;
Jamais te esqueceria. E apesar de saber que vivi
Depois disso tenho de admitir que nunca andaste
Longe do meu coração desde que para lá entraste!




É certo que já foi mais imperativo do que  é agora.
É certo que aprendi a ser mais comedida e já não saio a qualquer hora,
Porque, apesar de tudo, tudo está mais apaziguado ...
Tudo está mais sereno, talvez até um pouco resignado
Todo aquele abalo de te pertencer em superação
A todo o sentimento e entrega de até então!

Mas fazes-me falta, uma falta que deixa o peito em crescimento,
Uma falta doce que traz saudade sem arrependimento...
E eu sei que o horizonte desde então mudou, eu tenho
Uma outra vida, e até aprendi a amar de forma a não ser estranho
Continuar contigo no meu coração, afinal de contas, desde logo percebi
Que foi desde o início a sentir que o iria ser até ao fim!!!

Que não seja tarde para reconhecer

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Espero que não seja tarde para reconhecer
Que talvez não te amei tanto quanto deveria
Nem te abracei o tão profundo quanto poderia.
Reconhecer as pequenas coisas que poderia ter
Feito, mas para as quais nunca tive a atenção
E o tempo suficiente para poder dar com total dedicação.

Reconhecer as ausências mesmo quando se verificou presença,
Assumir as noites que se tornaram solitárias
Mesmo quando a carência não foi assim tão extensa,
As vezes que deixei de ser eu e as várias
Oportunidades que perdi
Para demonstrar o quanto significas para mim!

Reconhecer que não disse o quanto orgulho tinha de seres meu ...
... Se eu pudesse fazer-te senti-lo agora!
Se eu pudesse dizer o quanto me arrependo de tudo o que não aconteceu
Quando a minha cegueira não me deixou enxergar cedo na hora
Que és a metade sem a qual não sei viver. A metade
À qual peço a possibilidade de compensá-la numa 2ª oportunidade!

EU sou TU

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Quando puderes olha-me nos olhos para aí veres
O quanto significas para mim. E antes de seres
Seja o que for procura o teu coração
E a tua alma, quando na consolidação
Me encontrares lá não necessitarás
Do reflexo da imagem, não irás precisar de procurar mais!

Deste lado fico esperando que não me digas Não,
Porque não foi para isso que sempre tentei manter a visão
Por perto, não foi para isso que tanto me esforcei.
Então se me aceitares tal como sou, porque também me sacrifiquei
E gostava que não fosse tudo em vão; se aceitares
A minha vida para nela te encontrares ...

Se no “não há nada que por ti não faça”,
Porque não há amor nem graça
Que te conceda nenhum outro maior,
Aceitares que seja a toda a hora e para sempre, farei o melhor,
Pois sei que se me olhares nos olhos quando o olhar se apresentar nu
Não terás mais de procurar porque aí verás que EU sou TU!!!

Com certeza iremos levantar




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Não importa doer duro,
Às vezes a chuva cai mesmo para devastar.
É para cair fundo, que o fundo venha escuro
De uma vez; é para nos desgastar,
Que o desgaste nos deixe cansados
De tanto lutar para nos mantermos levantados.

Que o sopro gele a nossa alma quando passar.
Que o coração endureça de frio
E nos deixe gélidos até tudo terminar,
Pois não há tempestade que não conheça estio!
Não há fundo que não tenha chão seguro
Nem fruto que não empalideça depois de maduro.

Não importa que a desordem venha abalar,
O terreno torna-se mais fértil depois da queima ...
Que se caia sem vergonha, atravessar
O caminho tempestuoso de pé pode não ser a teima
Mais segura. Que se vá a baixo, mas sempre com a certeza
De que iremos levantar, pois seremos sempre dignos de contemplar a beleza!

Sem analisar virtude ou defeito






Posso ficar aqui apenas apreciando a tua respiração
Como se tudo por instantes ficasse suspenso
No sobe e desce do teu peito.
Beijar os teus olhos, estender a minha mão
Ao longo do teu corpo e por momentos saber que te pertenço
Na mesma medida em que me pertences sem analisar virtude ou defeito!

Ficar, mais não seja, para ter a certeza que no pulsar
Dos dois corações as massas se juntam e se aninham
Pulsando como se apenas um sendo ...
Num corpo que se forma dos nossos corpos, num olhar
Que vê das nossas almas quando as faces se alinham
E o silêncio é a palavra que mais fica esclarecendo.

Ficar mesmo que isso só aumente o desejo
De querer ficar ainda mais para somente poder despertar
Do teu lado, passar o meu olhar molhado
Pelo teu rosto e num beijo
Doce e apertado me abrigar
Novamente num abraço forte e demorado!