Todos
eles são diferentes, às vezes de uma diferença
mínima
outras de uma diferença tão evidenciada
quanto
o seu movimento regular!
conhecem-se
os que não permitem a presença,
aqueles que mantêm fechada
a porta e quase não podem arejar!
Conhecem-se
os desconfiados e sombrios,
cheios
de mistérios e pó ...
E existem também aqueles que não o são,
aqueles
que só batem à força dos fios
que
os ligam, porque são predadores sem dó,
porque
agem com astúcia a cada passo que dão.
Existem os rebeldes, que não suportam a ideia
de ficar e partilhar por muito tempo; os que
até são de maiores dimensões,
mas que aceitam viver limitados;
os que só batem porque estão rodeados
pela veia
da estratégia, do cálculo e das maquinações;
os que não se redimem e vivem às
transgressões destinados.
Há os que se entregam, mas só quando recebem
algo em troca.
Os duros, aqueles em que se verifica a quase
total
ausência de arritmia, hedonistas e
cobiçosos.
E também aqueles em que o sentir só se foca
em sentido único, ou seja, aqueles que só
recebem sinal
de aquisição, promíscuos e demasiado
ambiciosos.
Mas, quando lembro de ti, não posso deixar
de verificar que existe uma outra espécie de
coração.
sim, aquele de identidade bem evidenciada,
grande e aberto, fresco e cheio de ar.
Aquele que tem as janelas abertas, que tem
decoração
genuína, jardins cheios de flores, clarão de
verdadeira fada!!
Sim, o coração onde não é preciso
requerimento
para entrar. O coração leve mas corajoso.
O coração que é mais uma borboleta de mil
cores.
Aquele que percorre, que por um momento
pode parar, mas que não desiste. Sim, o de
ritmo majestoso,
o que permite a entrega total, pois é
alimentado por valores.
O coração harpista, onde cada arritmia
é um bailado de perfeita sinfonia!
o coração que se molda à forma dos corações
que ama, o coração que enfrenta as situações.
O coração de porcelana, aquele que depois de
partido
ainda cola os destroços e começa tudo de
novo, porque não dá nada por perdido.
O coração que se entrega à luta, e é sereno.
O coração dador, hospedeiro.
O que sabe receber e sabe fazer
com que o outro coração se sinta pleno,
porque não cobra, retribui! Sim, o coração
pioneiro,
o que cultiva caminhos de luz e irradia-la
porque só assim sabe viver!!