sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Mas quem sabe ... um dia!






Não é imutável!
Tem vezes que eu recuso,
Tem vezes que eu aguento mais um pouco,
Mas nesse teu sentido louco
Eu acabo perdendo o fuso
E por momentos deixa de ser ajustável.
E embora tenha sempre conseguido, a custo,
Dar a volta e voltado a tolerar
Há coisas que se perderam
E não tiveram mais volta. Cresceram
Dentro de mim e definharam no esfriar
Desse teu coração que não conheço mais justo ...
Quem sabe ainda volte a acreditar
Que a tua amargura tem cura ...
Quem sabe tu própria aprendas!
Quem sabe renasças a tempo de levar
Contigo a esperança em vez dessa dura
Acidez que carregas. Quem sabe das tuas fendas
Volte a brotar amor e não negação.
Quem sabe aprendas a viver na Luz
E não nessa escuridão doentia ...
Expectativas e esperança, não, não trago não ...
Mas quem sabe sare o pus
Do teu coração! Quem sabe ... um dia!





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