sábado, 7 de maio de 2016

Nem mesmo a voz de Deus




Corre-me em frente um negro cortinado
E fico em doentia alma que anseia
Uma luz fiel ou um raio em ideia
Que me desfaça deste estado embriagado
Em que me encontro. Mas aqui onde
Eu tenho os pés nenhuma voz humana me responde ...


Corre-me essa mesma cor e já em som desesperado
Grito de uma dor que me incendeia,
De um som que de tempos a tempos se alteia
E se desespera no grito que liberta magoado.
Porém nada nem ninguém vem avisar
De que esta alienação termina ou estará a terminar!


Nada nem ninguém vem trazer
A estes olhos ardentes

Que se movem em  visões ferventes,
Um cortinado com melhor parecer.
Nenhuma voz, por muito que seja a minha embriaguez,
Me responde, nem mesmo a voz de Deus!




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