Sabes
meu querido,
Às
vezes, na verdade, interrogo-me.
Mas
como lhes hei-de dizer, meu doce amor,
Que
não existe som para além deste triste gemido
Que
sinto. Que não existe sentido para além deste e que jogo-me
À
alegria mais divina a à mais demoníaca dor!
Como
lhes hei-de falar
Deste
peso que no peito se me aperta.
Como
lhes hei-de fazer descobrir
Que
só existe luz se eu olhar teu olhar,
Sentindo
as tuas mãos; se a porta da tua beleza estiver aberta;
Se
os teus lábios tocarem nos meus e eu ouvir-te sorrir.
Diz-me,
meu amor. Diz-me que não é loucura
Amar
assim. Diz-me, e eu poderei despontar
Esta
beleza como quem recita poesia.
Diz-me,
meu doce anjo, à luz da tua ternura,
Que
eu jamais irei esquecer. Diz-me que este amar
É
nosso. Que, mesmo que eu esteja longe, sentirei alegria!
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