quinta-feira, 11 de junho de 2015

ser irmã

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Ouvi os primeiros choros, partilhei com elas a minha primeira boneca e peguei-lhes pela mão nos primeiros passos. 
Crescemos juntas e tornámo-nos  grandes Amigas!




Existiram dias em que fugi e me escondi, dias em que o choro me incomodou e lhes chamei de Sirenes de Bombeiro, mas outros tantos que eu ripostei e me aventurei do lado delas.
Embalei e adormeci bonecas, falei-lhes como se fossem gente, até o dia em que tive de fazer curativo. Dessa vez não aguentei não rir  da queimadura acidental que fez nascer no nariz do pobrezinho bebé careca uma verruga preta e feia, a partir daí colocaram-me fora do papel de tia boazinha!
  No primeiro dia de escola estive cuidadosa a acompanhar o recreio e tranquilizei-as dizendo que andaria sempre por perto.
Bati no rufião quando ele as fez chorar, e também me manifestei quando quiseram boicotar  o uso de saias e vestidos curtos aos dias de semana.
  Crescemos entre as aventuras dos nossos espíritos dóceis e indomáveis  e guardámos no coração e no corpo cada cicatriz e a sua história!
  Agora elas já são adultas e sabem caminhar pelos próprios passos, mas eu estarei sempre presente para o caso de ser preciso. Porque sim, porque o meu lugar é lá, porque elas são e continuarão sempre sendo as minhas meninas.
Agora elas já são crescidas mas isso não invalida os velhos serões de sussurros e risadas, não invalida andarmos de mãos dadas, não invalida os beijos, os abraços, os sorrisos que só nós sabemos descodificar!
Agora elas já são crescidas mas serão sempre as minhas irmãzinhas!!!

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