terça-feira, 3 de novembro de 2015

Mas eu não morri não



Adormeci na berma do caminho.
Deixei meu corpo cansado
Lá bem baixo jogado.
Fiz da calçada fria meu ninho ...

Bem debaixo desse céu escuro e pequenino
Esqueci do presente e do passado,
Do mundo que tinha sonhado.
Abandonei-me, deixei meu corpo sozinho!

Passadas uma ou duas pessoas, acharam que tinha morrido.
Indivíduo à calçada jogado que nem de si se dava.
Realmente ser que deveras é perdido ...

Mas, mas eu não morri não, não morri!
Haverá sempre, por mais baixo que esteja estendido
Ou por mais despercebido que passe, o amor a viver em mim!




Nenhum comentário:

Postar um comentário