terça-feira, 29 de setembro de 2015

Cresço cresço e toco no Céu!





Desde então tudo tem estado em constante crescimento,
Acho até que o meu coração duplicou de tamanho.
De repente fui sentindo que, ao mesmo tempo que distribuía,
Algo me transbordava da alma, dando-me alento.
Como se eu fosse alimentada por um estranho
Movimento disfarçado, para eu não saber, ao certo, que o vivia.

De repente fui sentindo os braços se me elevarem,
Assim, como se eu fosse abraçar o mundo inteiro
Numa vontade de encher os pulmões
E expirar somente amor. Sentindo as mãos ficarem
Cheias, porque, de repente, o ar tornou-se num letreiro
De palavras douradas, sem falhas nem interrogações!

E é desde então que tenho aprendido a ler as entrelinhas do aparente vazio.
Que tenho descodificado, em cada espaço, aparentemente
Livre, as palavras que sempre estiveram cobertas com um véu!
Acho até que, por vezes, tenho sentido um doce frio
Que me faz crer que, por vezes, de repente,
Eu cresço cresço e toco no Céu!



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